Confiram a reportagem da ZH

Espalhando novidades

Artistas do grupo Buenas e M’Espalho lançam álbuns solo
Eles disseram “Buenas!” e se espalharam. Os cantores regionalistas Shana Müller, Érlon Péricles, Angelo Franco e Cristiano Quevedo, do grupo Buenas e M’Espalho, agora estão lançando novos discos individuais. Hoje é a noite para conferir o CD de Shana, Brinco de Princesa, em show às 21h no Teatro CIEE.

Com idades entre 30 e 38 anos, os quatro cantores representam uma geração na qual as origens campeiras e a vivência urbana influem diretamente na música. O que se refletiu no álbum que eles lançaram em conjunto em 2008, inspirados por uma reportagem realizada por Zero Hora no ano anterior. Agora, em seus novos trabalhos, cada um deles explora vertentes diferentes.

O som e a temática do campo aparecem, em diferentes medidas, nos quatro trabalhos. É mais evidente em Rio Grande Véio, de Péricles, e Pé no Estribo, de Quevedo. Franco, que lança seu De Onde Venho no próximo dia 18, aposta em uma vertente poética mais reflexiva. Em Brinco de Princesa, Shana Müller incorporou elementos de outros gêneros, como o tango e a música latino-americana. O show, com direção cênica de Cláudia De Bem, aponta para o refinamento e a sutileza – assim como o encarte do CD, com textos em português e inglês.

– Quando tu fazes algo diferente no arranjo, ou até mesmo na parte gráfica, surpreende. É importante para concorrer com outros estilos e vencer barreiras. Tem muitas outras influências que se pode usar – diz a cantora.

Os artistas seguem fazendo shows como Buenas e M’Espalho – a partir deste mês, com o também compositor e cantor Pirisca Grecco integrado à trupe – enquanto divulgam seus próprios discos. Péricles, premiado como melhor compositor na categoria Regional do último Açorianos de Música, aparece como autor em todos os quatro álbuns e também em trabalhos recentes de veteranos como Elton Saldanha e Rui Biriva. Ele explica a opção pelo toque mais campeiro em Rio Grande Véio:

– É como canto melhor, foi o caminho que achei. Mas não deixo de fazer outros estilos – diz o músico, que gravou recentemente uma canção, Elétrica, com músicos da banda de rock Pública.


por LUIS BÍSSIGO